'como são lindas as estrelas'. foi a última frase que eu falei em tua presença,tu me olhava com um certo brilho nos olhos e eu olhava pra céu,não queria perder nem se quer um segundo de estar ao teu lado!
e nós contemplava as belas estrelas do céu,e elas olhavam pra nós,com inveja de podermos amar um ao outro,e em retribuição á uma bela noite linda,elas brilhavam e brilhavam,como lamparinas no céu,meus olhos se enxem de lágrimas ao relembrar certos momentos que passei ao teu lado,bons ou ruins,mas foram ao teu lado,sempre estive de pé,olhando no fundo dos teus olhos,e vendo a agonia que a sua alma se explodia no fundo de seus belos olhos,não sentia pena,não tinha ódio nem raiva,não tinha mágoa,só sentia excitação e uma forte pulsação com algumas frouxações na voz,com alguns sorrisos forçados,de tão abobada que era ti ver,era um privilégio,poder ti olhar,chegar bem perto de você e perceber que eu não estou num sonho,ti tocar,ti admirar de longe ou de perto,que seja,era como lamparinas brilhantes os seus olhos.
eu não mando mais em mim,não sei nem quem sou,e todos os dias de manhã,sentada na mesa,com o café esfriando me pego pensando [mais uma vez] em você,andando em nuvens de amores platônicos os meus olhos brilham,e brilham
ó Deus,e ainda fico pensando,quando dar a hora de ir-me,beirando a calçada se ao menos tu lembra de mim,mesmo tu não conseguindo retribuir tudo o que eu ti dei,não lhe culpo por isso,mas não quero pensar que eu fui pra tu,uma simples distração,um passatempo,alguém com mais um nome,que passou na tua vida e tu já beijou.
fico entretanto dividida entre o céu e o inferno,tu é o pecado que eu sempre peco e não consigo me arrepender,ou talvez um vício,uma droga,algo que eu preciso de todos os dias,algo que não há como preencher,só preciso mesmo de você para me completar todos os dias.
tem coisas engasgadas na minha garganta,que só Deus,sabe,malditos sentimentos que me tiram o sono,que me tiram a concentração,que acaba com o meu dia,só passando a maior parte do dia pensando em ti,não estou pedindo outra pessoa,mas eu não consigo mais viver sem ter você.
verdades são verdades,mas eu não sei o que que tu tem,mas eu não consigo mais te esquecer,dentro todos os meus amores e amigos,de você eu me lembro mais;
juro,juro mesmo que eu tentei te esquecer,tentei que tu parasse de fazer isso com o meu coração,mas eu tenho medo,e quem diria,EU COM MEDO? ó céus.
e eu não sei mais o que fazer,a cada dia mais eu em sinto mais presa,sem respirar,sem refletir outra pessoa no meu coração,além de você,eu não sei mais o que fazer,eu só quero ter você só pra mim,por favor não me deixe aqui no escuro sozinha,contando os seus passos,através do corredor e chorando,e pedindo pra voltar.
eu tento a cada dia me expressar,trazer você de volta pra mim mas eu sempre fui acorrentada aos seu calcanhar,nunca pude ter força para levantar,sempre me lembrava de você e isso fazia eu voltar.
se isso fosse um jogo,juro que eu reiniciaria e começaria de novo á cada tombo,cada fracasso ou cada vez que eu voltasse pra você,eu ti vi na rua,com outra,e dentro do ônibus,não consiguia gritar,as aflições viam a tona,eu nunca me senti tão fraca e tão,seilá ao mesmo tempo.
eu olhei mais uma vez,e gritei seu nome,gritei com toda a força da minha voz,realmente aquilo era uma emergência e tu não consiguiu me ouvir,tu resplandecia um belo sorriso,sentado naquela mesinha de bar,tomando suas cervejas,com uma bela acompanhante,ah Deus.
eu sinto muito por eu ter vacilado,por eu ter roubado a chave do teu apartamento,por eu estar te escrevendo essa última carta e por eu ter destruido todos as suas coisas,eu não fiz por mal,mas eu só quero provar pra você,que eu existia. e um barulho estridente cortou aquele silêncio de corredor,de algum apartamento velho ...
chegando em casa,ele ve a aglumeração na frente do apartamento,e ficou sabendo que uma garota tinha se suicidado no seu apartamento,e tinha lhe escrevido uma carta da qual,leu e releu e perguntando o 'porque' daquela situação,de ela ter se suicidado,se ele lembarava,sonhava e queria que aquele momento se repitisse umas 500 vezes de ele poder ter ela ao seus braços,mais uma vez naquela bela noite,a onde as estrelas eram lamparinas brilhantes.


Júlia Stropp.